Partiu-se
Caiu ao chão e partiu-se em mil pedaços
Senti quando saltou do meu peito
Quando por momentos subiu acima dos meus olhos
Depois suspenso, olhou-me
Apenas uns breves instantes
Depois caiu e partiu-se
Chorei
Muito
Não sei agora como arranja-lo
Não conheço nenhuma cola especial
Nem magia que o conserte
Apanhei do chão os pedaços um a um
Carreguei-os no regaço e afaguei-os
Depois
Beijei-os
Uma lágrima caiu-lhe em cima
Ficou a marca indelével da minha dor
Nunca mais a poderei esquecer
A minha dor
Guardei os pedaços numa caixinha de seda
Rezei uma oração
Noites de falso Inverno by MagicMagnolia, literature
Literature
Noites de falso Inverno
Sonhos tristes tenho sonhado
Em cada noite fria que passa
Noite estrelada que não disfarça
A tua ausência meu doce amado...
Longas noites de falso Inverno
Cheias de frio e de solidão
Frio que enche meu coração
A tua ausência é um grito eterno...
Se eu pudesse perguntar à lua
O sitio onde te encontrar
Poderia então apaziguar
Este coração que há tanto jejua...
Noite minha, querida conselheira
Deixa-me apenas hoje dormir
Sem pensamentos, não sentir
Em teu regaço, terna companheira...
Choro, sim, finalmente deixo-as sair
Transborda a minha alma magoada
Nada posso fazer, não as posso impedir
Sinto-me só, vazia e amargurada
As lágrimas não mais quero esconder
Nem esconder meus sentimentos
Não importa, não quero nem saber
Se alguém ouvir meus pensamentos
Os mais tristes, os mais angustiantes
Que tenho dentro do peito guardados
Deixo-os sair por breves instantes
Já estiveram tempo demais fechados
Dói a solidão que trago dentro de mim
E dentro de mim ouço algo rasgar
É a minha alma que está triste e assim
Desiste de tudo e de todos e até de lut
Olho o céu de negro toldado
Sinto-me só, triste, angustiada
Na garganta um nó apertado
Pela tua ausência prolongada
Vejo as escuras ondas altas do mar
É como se estivessem dentro de mim
Querendo tudo destruir ao passar
Num ir e vir sem nunca ter fim
Sinto a brisa que passa ligeira
Cheirando a sonhos e maresia
Envolvendo-me toda, inteira
Como em outros dias de alegria
Estou triste, não nego a verdade
E já não sei o que fazer ou dizer
Para acabar com esta ansiedade
Que sinto em mim por não te ter
Tantos sonhos que desapareceram
Coisas que foram ficando para trás
Desejos que tiv
Esbocei um pálido sorriso
Tão pouco me apetecia rir
E de fingir eu não preciso
Preciso é de querer sorrir
Há muito que assim me sinto
Triste e sem vontade de sorrir
Sorrio e parece que minto
E nao tenho vontade de mentir
Tanto sentimento contido
Muita tristeza e tanta dor
Num sorriso assim fingido
Nem tem glória nem valor
É tao triste, tão doloroso
Nao querer jamais sorrir
E pensamento tenebroso
É nunca mais o querer sentir
Guardo-o, triste, só para mim
Fica cá dentro guardado
E no dia que sorrir por fim
Será um belo sorriso rasgado...
O meu jardim inventado by MagicMagnolia, literature
Literature
O meu jardim inventado
Já vivi no lindo jardim do amor
Onde o carinho crescia em liberdade
E os beijinhos voavam de flor em flor
Espalhando por todo o lado a felicidade
Do chão brotavam sorrisos airosos
Que eu apanhava com suavidade
Passei momentos maravilhosos
Deixei meu coração em liberdade
Nesse jardim cresce com fartura
Umas ervinhas de nome paixão
Pra minha ansiedade eram a cura
Minha alma num eterno turbilhão
Não havia jardim mais perfumado
Que o meu belo jardim do amor
Perfume assim nunca foi inalado
Tão suave, macio e cheio de cor
E eu fui a mais sortuda criatura
Por ter vivido um dia neste jard
Chegaste um dia prazenteiro, feliz
Um ramo na mão de rosas cheirosas
Trazias um ar alegre de homem petiz
Na boca trazias promessas deliciosas
Deste-me um beijo quente, ardente
Arrebataste meu desejo, num beijo
Fiquei frágil, pequena, demente
De mais e mais beijos ficou o ensejo
Viste de mansinho então, e tua mão
Na minha ansiosa vieste pousar
Eu nao sabia então que meu coração
Tanto se iria um dia enganar
Nao podia e nao queria imaginar
Que por vezes a promessa é quebrada
Promessa que se formou sem pensar
Na boca de uma pessoa apaixonada
Chegaste e mudaste a minha vida
Fizeste dela o q
Sou mulher e envelheço devagarinho
A noite cai e eu choro baixinho
A pele outrora jovem e quente
É agora mais morna, rugosa, dormente
Sinto saudades de um corpo sentir
De ver uns lábios vermelhos sorrir
Senti-los nos meus, doces, carnudos
Os nossos corpos juntos, desnudos
A falta que faz um abraço apertado
Uma carícia suave, um gesto ousado
Falta de ouvir palavras sussurradas
Nos meus ouvidos carícias murmuradas
O tempo passa depressa, maldoso
Sinto meu corpo tremendo, saudoso
De uma noite de amor apaixonada
Na pele já velha sentir-me amada
É noite escura e eu choro baixinho
Tenho sauda
Partiu-se
Caiu ao chão e partiu-se em mil pedaços
Senti quando saltou do meu peito
Quando por momentos subiu acima dos meus olhos
Depois suspenso, olhou-me
Apenas uns breves instantes
Depois caiu e partiu-se
Chorei
Muito
Não sei agora como arranja-lo
Não conheço nenhuma cola especial
Nem magia que o conserte
Apanhei do chão os pedaços um a um
Carreguei-os no regaço e afaguei-os
Depois
Beijei-os
Uma lágrima caiu-lhe em cima
Ficou a marca indelével da minha dor
Nunca mais a poderei esquecer
A minha dor
Guardei os pedaços numa caixinha de seda
Rezei uma oração
Noites de falso Inverno by MagicMagnolia, literature
Literature
Noites de falso Inverno
Sonhos tristes tenho sonhado
Em cada noite fria que passa
Noite estrelada que não disfarça
A tua ausência meu doce amado...
Longas noites de falso Inverno
Cheias de frio e de solidão
Frio que enche meu coração
A tua ausência é um grito eterno...
Se eu pudesse perguntar à lua
O sitio onde te encontrar
Poderia então apaziguar
Este coração que há tanto jejua...
Noite minha, querida conselheira
Deixa-me apenas hoje dormir
Sem pensamentos, não sentir
Em teu regaço, terna companheira...
Choro, sim, finalmente deixo-as sair
Transborda a minha alma magoada
Nada posso fazer, não as posso impedir
Sinto-me só, vazia e amargurada
As lágrimas não mais quero esconder
Nem esconder meus sentimentos
Não importa, não quero nem saber
Se alguém ouvir meus pensamentos
Os mais tristes, os mais angustiantes
Que tenho dentro do peito guardados
Deixo-os sair por breves instantes
Já estiveram tempo demais fechados
Dói a solidão que trago dentro de mim
E dentro de mim ouço algo rasgar
É a minha alma que está triste e assim
Desiste de tudo e de todos e até de lut
Olho o céu de negro toldado
Sinto-me só, triste, angustiada
Na garganta um nó apertado
Pela tua ausência prolongada
Vejo as escuras ondas altas do mar
É como se estivessem dentro de mim
Querendo tudo destruir ao passar
Num ir e vir sem nunca ter fim
Sinto a brisa que passa ligeira
Cheirando a sonhos e maresia
Envolvendo-me toda, inteira
Como em outros dias de alegria
Estou triste, não nego a verdade
E já não sei o que fazer ou dizer
Para acabar com esta ansiedade
Que sinto em mim por não te ter
Tantos sonhos que desapareceram
Coisas que foram ficando para trás
Desejos que tiv
Esbocei um pálido sorriso
Tão pouco me apetecia rir
E de fingir eu não preciso
Preciso é de querer sorrir
Há muito que assim me sinto
Triste e sem vontade de sorrir
Sorrio e parece que minto
E nao tenho vontade de mentir
Tanto sentimento contido
Muita tristeza e tanta dor
Num sorriso assim fingido
Nem tem glória nem valor
É tao triste, tão doloroso
Nao querer jamais sorrir
E pensamento tenebroso
É nunca mais o querer sentir
Guardo-o, triste, só para mim
Fica cá dentro guardado
E no dia que sorrir por fim
Será um belo sorriso rasgado...
O meu jardim inventado by MagicMagnolia, literature
Literature
O meu jardim inventado
Já vivi no lindo jardim do amor
Onde o carinho crescia em liberdade
E os beijinhos voavam de flor em flor
Espalhando por todo o lado a felicidade
Do chão brotavam sorrisos airosos
Que eu apanhava com suavidade
Passei momentos maravilhosos
Deixei meu coração em liberdade
Nesse jardim cresce com fartura
Umas ervinhas de nome paixão
Pra minha ansiedade eram a cura
Minha alma num eterno turbilhão
Não havia jardim mais perfumado
Que o meu belo jardim do amor
Perfume assim nunca foi inalado
Tão suave, macio e cheio de cor
E eu fui a mais sortuda criatura
Por ter vivido um dia neste jard
Chegaste um dia prazenteiro, feliz
Um ramo na mão de rosas cheirosas
Trazias um ar alegre de homem petiz
Na boca trazias promessas deliciosas
Deste-me um beijo quente, ardente
Arrebataste meu desejo, num beijo
Fiquei frágil, pequena, demente
De mais e mais beijos ficou o ensejo
Viste de mansinho então, e tua mão
Na minha ansiosa vieste pousar
Eu nao sabia então que meu coração
Tanto se iria um dia enganar
Nao podia e nao queria imaginar
Que por vezes a promessa é quebrada
Promessa que se formou sem pensar
Na boca de uma pessoa apaixonada
Chegaste e mudaste a minha vida
Fizeste dela o q
Sou mulher e envelheço devagarinho
A noite cai e eu choro baixinho
A pele outrora jovem e quente
É agora mais morna, rugosa, dormente
Sinto saudades de um corpo sentir
De ver uns lábios vermelhos sorrir
Senti-los nos meus, doces, carnudos
Os nossos corpos juntos, desnudos
A falta que faz um abraço apertado
Uma carícia suave, um gesto ousado
Falta de ouvir palavras sussurradas
Nos meus ouvidos carícias murmuradas
O tempo passa depressa, maldoso
Sinto meu corpo tremendo, saudoso
De uma noite de amor apaixonada
Na pele já velha sentir-me amada
É noite escura e eu choro baixinho
Tenho sauda